São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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C-Bond já é vice-líder no ranking de janeiro Papéis da dívida acumulam alta de 10% em janeiro JOÃO CARLOS DE OLIVEIRA
Esse é o seu patamar recorde desde que foi emitido pelo governo, em abril de 1994. Essa valorização o coloca em segundo lugar no ranking atual das aplicações em janeiro. Só perde para a Bolsa paulista. Nos últimos dois meses, porém, os títulos renderam mais do que as ações, respectivamente, 17,37% contra 10,69%. Existem motivos localizados para a boa performance do C-Bond. Um deles é chamado de "operação Paraguai". Ou seja, o Tesouro está permitindo que a Itaipu pague uma dívida de US$ 300 milhões com títulos da dívida externa. O ganho com o deságio (desconto) será rachado entre ambos. Mas Bolsas e títulos estão sofrendo, conforme chama Sérgio Santamaria, do Banco de Boston, do "efeito janeiro". Esse efeito consiste na realocação global de recursos, favorecendo a renda variável (ações, por exemplo) e os mercados emergentes, caso do Brasil. No pano-de-fundo dessa alteração estão dois fenômenos: 1) a queda das taxas de juros nos países centrais, como EUA, Japão e Alemanha; 2) o fato de que, no ano passado, criou-se, como resposta à crise mexicana, um novo diferencial de preços entre as Bolsas dos países centrais e as dos países emergentes. Em 95, enquanto a Bolsa de Nova York, medida pelo índice Dow Jones, subiu 33,45%, a Bolsa paulista, em dólar, amargou uma perda de 14,03%. Este ano, "o cordão umbilical que liga a Dow Jones ao Ibovespa (o índice que mede a variação das principais ações da Bolsa paulista) tem que romper", diz David Gotlib, sócio da Linear Administradora de Patrimônio, que premê um desempenho fraco para a Bolsa de Nova York. Texto Anterior: A última obra de Eliezer Próximo Texto: "Bolha" de consumo faz a atividade industrial crescer Índice |
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