São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996
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Autônomos vão ganhar incentivos fiscais

DO "EL PAÍS"

Na Conferência Internacional sobre a Repartição do Trabalho, o conselheiro do governo Ramón Jáuregui apresentou várias medidas para a criação de empregos.
Entre elas estava a gradual eliminação das horas extras, a flexibilidade de horários e calendários e a proteção à jornada parcial.
Segundo ele, há um plano de fortalecer os autônomos com benefícios fiscais. Assim como contratos que combinam a inserção dos jovens no trabalho com a aposentadoria gradual de trabalhadores.
Na opinião de Jáuregui, nenhuma empresa em crise pode ajustar seu quadro de pessoal sem que antes estude a aplicação da partilha defensiva do trabalho, com uma redução de salários.
A seguir, trechos da entrevista concedida ao "El País".
*
Pergunta - Que motivos levaram o conselho a debater sobre repartição do trabalho?
Ramón Jáuregui - Temos consciência de que no resto da Europa esse tema é discutido há dez anos. E também de que existe uma falta de solidariedade entre os que trabalham e os que não.
Abrimos esse debate entendendo que as medidas de repartição de trabalho são complementares ao esforço de competitividade que as empresas devem fazer.
Pergunta - A aplicação de fórmulas de partilha supõe uma mudança radical na forma de trabalhar nas empresas?
Jáuregui - É preciso superar a preguiça mental, que existe entre alguns empresários, sobre modelos organizacionais de trabalho.
É necessário também impulsionar a solidariedade entre os empregados que pensam que essas fórmulas exigem redução de salários.
Pergunta - Como se pode avançar na implantação efetiva da repartição do trabalho?
Jáuregui - Avança-se à medida que progride a discussão entre empresários e sindicatos. E que a repartição do trabalho seja aplicada na negociação coletiva.

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