São Paulo, domingo, 14 de janeiro de 1996 |
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Palestinos têm 3 áreas
CLÓVIS ROSSI
Uma é a faixa de Gaza, junto ao mar Mediterrâneo, território de 363 km², no qual vivem 930 mil palestinos, além de 5.000 colonos judeus. Gaza, tomada do Egito na Guerra dos Seis Dias, em 1967, já está sob administração da Autoridade Nacional Palestina desde maio do ano passado. A outra é a Cisjordânia ou Margem Ocidental do rio Jordão ou, para os radicais judeus, Judéia e Samaria, designação bíblica. É o maior pedaço do território palestino, com 5.400 km2, 1,475 milhão de palestinos e 120 mil colonos judeus, espalhados por 144 assentamentos. É também a região de maior complicação geográfica. Israel está entregando aos palestinos, até o final de março, as seis principais cidades e 450 localidades menores, mas mantém forte presença, inclusive militar, nesse território, justamente por conta dos assentamentos de colonos israelenses, a maioria dos quais se opõem ao acordo de paz. Votam igualmente os palestinos que vivem na parte oriental de Jerusalém (reivindicada como capital de um futuro Estado Palestino) e são cerca de 160 mil. A votação é para o Conselho de Autonomia, um tipo de Parlamento, do qual sairá o Poder Executivo, a ser presidido pelo vencedor das eleições (Iasser Arafat ou Samiha Khalil). Não concorrem os grupos tidos como radicais islâmicos, o principal dos quais é o Hamas. Como palavra, significa "entusiasmo" em árabe, mas é a sigla do Movimento de Resistência Islâmico, inimigo declarado do processo de paz. Três militantes do Hamas chegaram a se inscrever como candidatos independentes, mas retiraram as candidaturas, no início do ano, sob ameaça de expulsão da organização. No total, os eleitores inscritos, até o início do mês, eram exatamente 1.013.235. (CR) Texto Anterior: Palestinos votam sábado pela primeira vez Próximo Texto: Tchetchenos voltam a negociar e abrem mão de exigência política Índice |
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