São Paulo, quarta-feira, 17 de janeiro de 1996
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Férias de procurador param investigações

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comissão da Câmara que apura as denúncias contra o deputado Marquinho Chedid (PSD-SP) só concluirá o seu trabalho após o dia 28 de janeiro, quando o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, voltar de férias.
A afirmação é do coordenador da comissão e corregedor da Câmara, deputado Beto Mansur (PPB-SP). Segundo ele, Brindeiro precisa reformular o pedido de quebra do sigilo telefônico dos membros da CPI dos Bingos, recusado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em dezembro.
Marquinho Chedid é acusado de extorquir donos de casas de bingo para isentá-los de culpa na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigou os bingos. A comissão concluiu os trabalhos no dia 13 de dezembro de 95.
A Folha revelou ontem que Chedid recebeu pelo menos 30 telefonemas do advogado Francisco Franco, apontado como intermediador do pagamento de propinas.
"O STF não fechou as portas para a quebra do sigilo, mas pediu a reformulação do pedido. Tenho quase certeza que será aprovada a abertura das contas de telefone", afirmou Mansur.
"Vou aguardar a decisão do STF para ter acesso às contas de telefones de Chedid. Só quero fechar a sindicância com o máximo de informações possível", completou o deputado.
O presidente do STF, Sepúlveda Pertence, recusou a autorização para a quebra do sigilo feita pela comissão de sindicância e endossada por Brindeiro, alegando que havia sido mal formulado.

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