São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996
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Folha comete menos erros de português

DA REDAÇÃO

A Folha é o jornal que contém menos erros de português em comparação com os outros três principais jornais do país, segundo avaliação feita por professores de seis colégios de 1º e 2º graus de São Paulo.
A Folha obteve média de 0,28 erro por módulo editorial (ver quadro). Isso representa 1,68 erro por página, considerando uma página só de texto -o espaço ocupado por fotos é descontado.
Em segundo lugar, vem "O Estado de S.Paulo", com 0,46 erro por módulo, ou 2,76 por página.
Em terceiro lugar, aparece "O Globo", do Rio, com 0,49 erro por módulo, ou 2,94 erros por página. Por último, o "Jornal do Brasil", também do Rio, com 0,61 erro por módulo, ou 3,66 erros por página.
O secretário de Redação da Folha Bernardo Ajzenberg atribui o resultado à campanha de didatismo e de redução de erros feita pelo jornal entre o início de abril e 15 de outubro do ano passado.
A campanha incluía metas de redução de erros para cada editoria (seção), expostas diariamente em painéis luminosos na Redação, junto com os erros do dia.
Durante cinco meses, foram ministradas aulas-relâmpago de português na Redação pelo professor Pasquale Cipro Neto.
Cada editoria manteve um mural destinado ao didatismo, apontando diariamente exemplos e contra-exemplos.
Os textos eram selecionados por jornalistas das próprias editorias, que faziam rodízio semanal como monitores do programa.
No início da campanha, segundo levantamento interno, o jornal tinha 0,94 erro por módulo. Hoje, esse número baixou para 0,45 erro por módulo.
Esses números não incluem erros de padronização (regras internas de cada jornal, que visam a uniformizar o texto e que definem, por exemplo, palavras que começam com letras maiúsculas ou minúsculas, como Estado, país etc).
Atualmente, permanece o monitoramento dos erros.
O levantamento
Para fazer o levantamento externo de erros, a Folha enviou cartas em agosto às diretorias dos colégios expondo a idéia e perguntando se concordavam em participar.
Os diretores concordaram e indicaram os nomes dos professores, que são os responsáveis pelo trabalho (não os colégios para os quais trabalham).
No fim de agosto e início de setembro, os professores foram informados pela Folha de que leriam os jornais da semana de 17 a 23 de setembro. A Redação não foi avisada desse levantamento.
Os professores assinalaram os erros nos exemplares e preencheram uma planilha-padrão da qual constam os totais absolutos de erros, por dia e por jornal. Eles desconsideraram a padronização.
Esses totais foram cruzados com os de módulos editoriais levantados pela Folha.
Participaram do levantamento os professores João Ribeiro (Galileu Galilei), Magda Keiko Mizukawa Iwakura (Bandeirantes), Noemi Jaffe (Equipe), Maria Antonietta C. Scarabello Marcelli e Lígia Marília Fornari (Santa Cruz), Marize Medeiros Borges (Rio Branco) e Gilberto Francesconi (Visconde de Porto Seguro).

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