São Paulo, domingo, 21 de janeiro de 1996
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Regino nega irregularidades

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL BRASÍLIA

Emílio Julianelli, diretor de Assuntos Corporativos do grupo Regino, nega as acusações de subfaturamento nas importações dos carros alemães da marca BMW.
"O grupo Regino não tem nenhuma ação de importação subfaturada", diz Julianelli.
Segundo ele, "as ações que estão correndo na Justiça ainda não têm sentença final e estão sendo acompanhadas pelo departamento jurídico do grupo". Julianelli diz que a empresa "rejeita todas as acusações".
Segundo Julianelli, há uma "tremenda confusão" nos processos movidos contra a importadora do grupo.
"Há confusão, por exemplo, entre preço de fábrica e preço ao público do carro na Alemanha", diz.
Outro engano comum nas acusações, afirma Julianelli, é em relação ao valor das moedas. "Chegam a misturar dólar com marco alemão", conta.
O grupo Regino deixou de ser o importador oficial da marca BMW para o Brasil no final do ano passado. Os negócios foram assumidos pela própria montadora, que criou a BMW do Brasil.
Atualmente o grupo Regino tem apenas uma concessionária BMW, a Deck Veículos, em São Paulo.
O grupo é também o importador oficial da marca coreana Hyundai e procura parceiros para viabilizar a construção da fábrica da montadora no país.
Fiat
O gerente de Comunicação Social da Fiat, Emílio Camanzi, disse que todas as importações realizadas pela empresa foram feitas "legalmente".
Segundo ele, até agora a Receita Federal "solicitou apenas alguns documentos à Fiat".
Para Camanzi, o fato de a Receita Federal não ter multado a empresa prova que "nenhuma irregularidade foi constatada" nas importações de automóveis feitas em 1995.
A empresa foi acusada de dumping (praticar preços abaixo do custo de produção).
Segundo o gerente de Comunicação da Fiat, os documentos apresentados à Receita Federal demonstram que o Tipo, importado da Itália, foi comercializado no Brasil por preços acima dos praticados na França e Inglaterra.
Ford
A Ford nega qualquer possibilidade de irregularidade em suas operações de importações. Célio Batalha, diretor de Comunicação e Assuntos Governamentais da montadora, diz que a empresa utiliza os serviços das tradings porque elas "possuem uma estrutura que torna a operação mais econômica e competitiva".
"Nossas operações de importações com as tradings são absolutamente regulares", afirma. Os carros da Ford são importados pela Cotia Trading. "Fazendo a importação direta nossos custos seriam bem maiores", diz Batalha.

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