São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Socorro foi negado a detentos, diz deputado

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Marcos Rolim (PT), disse, em entrevista veiculada ontem pela rádio Garibaldi, ter havido "omissão de socorro" aos sete presos que morreram queimados no presídio de Bento Gonçalves (125 km ao norte de Porto Alegre).
O incêndio, que teria sido provocado por um dos presos, ocorreu no último dia 13. A Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários) abriu sindicância para apurar o caso.
Rolim, que visitou o presídio no último domingo, conversou com presos de nove celas e disse ser "absolutamente claro" que houve omissão de socorro.
Segundo ele, "a omissão decorreu de decisão administrativa de não abrir a porta" da cela em que estavam os presos, embora o fogo se alastrasse. "A decisão foi de tentar apagar o fogo sem abrir a cela. A segurança foi colocada à frente da vida", disse o deputado.
O superintendente da Susepe, Djalma Gautério, disse ontem que só se manifestará sobre o caso depois da conclusão da sindicância.

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