São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Mãe tentou puxar o filho antes de ele ser baleado

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudante Alexandre Dias de Oliveira, 15, morto ontem com um tiro na cabeça durante o assalto a carro-forte, voltava da Santa Casa de Santo Amaro (zona sul), onde fez exames de saúde.
Ele e a mãe, Ilda Dias de Oliveira, pararam na fila para esperar a agência da CEF abrir.
Oliveira, que morava em Osasco, tinha, segundo a família, uma lesão no cérebro desde quando nasceu. Por isso, fazia exames periodicamente.
Ontem, ele e a mãe saíram por volta das 6h de casa, na periferia de Osasco. Ilda, que levou um tiro de raspão na mão, não estava em condições de falar. Sedada, passou a tarde dormindo. O pai, o eletricista Amauri Santana de Oliveira, não quis dar entrevistas.
"Minha mãe disse que quando começou o tiroteio ela puxou meu irmão. Ela lembra apenas que ele disse 'mãe"', afirmou o irmão, Reginaldo Dias de Oliveira, 26.
Alexandre era o mais novo da família e cursava o 1º grau.
"Ele tinha amizade com todo mundo, era alegre, brincalhão e gostava muito de dançar", afirmou Reginaldo. A polícia ainda não sabe quem disparou a bala que atingiu Alexandre. Somente a perícia do IC (Instituto de Criminalística) poderá esclarecer isso.

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