São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Redes de lojas faturam até 25% mais em janeiro

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

Grandes redes de lojas faturam até 25% mais neste mês na comparação com janeiro do ano passado.
Para os lojistas, o aumento no consumo é sustentado. Com a estabilização do real, dizem, quem nunca comprou eletrodoméstico está adquirindo um pela primeira vez. Quem já possuía, está trocando por um novo.
Isso explica, segundo Natale Dalla Vecchia, diretor da Lojas Cem, com 56 pontos-de-venda no interior de São Paulo, aumento de 25% na receita da empresa neste mês sobre janeiro de 1995.
Concorda Luiza Helena Trajano Rodrigues, diretora do Magazine Luiza, rede de 57 lojas no interior de São Paulo e Minas Gerais.
Neste mês, conta ela, as vendas estão de 5% a 10% maiores do que em igual período do ano passado.
"Quem não tinha acesso ao crediário agora tem." Há um ano, conta, o número de clientes da empresa vem crescendo cerca de 8% ao mês.
Na Casas Bahia, as vendas deste mês estão empatadas com as de igual período de 1995. "É muito bom porque em janeiro de 1995 vendemos 300% mais do que em igual período de 1994", diz Samuel Klein, proprietário.
Lojas Cem, Magazine Luiza e Casas Bahia informam que o crediário longo -até 12 pagamentos- é o grande chamariz do consumo. Na Lojas Cem, por exemplo, a venda a prazo chega a representar 75% do faturamento.
Para surpresa dos economistas da Associação Comercial de São Paulo, a média diária de consultas ao SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) cresceu 3,6% do dia 1º a dia 21 deste mês sobre igual período do ano passado.
"Esperávamos queda ou empate", diz Marcel Solimeo, economista da associação. Segundo ele, o crescimento pode ser explicado pela redução das taxas de juros, fortes promoções e aumento do dinheiro em circulação na economia.
A média diária de consultas ao Telecheque -serviço que dá idéia da venda à vista- registra aumento de 42,3%, no período. Neste caso, Solimeo leva em conta o fato de o lojista estar mais cauteloso na hora de aceitar um cheque.
Nos seus cálculos, janeiro fecha com aumento de 3,9% nas consultas ao SPC na comparação com igual período de 1995.

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