São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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México tem superávit de US$ 7,4 bi em 95

FLAVIO CASTELLOTTI
DA REDAÇÃO

O México obteve o maior superávit comercial (exportações menos importações) da América Latina, em 1995: US$ 7,4 bilhões.
O dado foi divulgado ontem pelo Ministério da Fazenda e contrasta com o déficit de US$ 18,5 bilhões, registrado em 1994.
O superávit foi resultado de US$ 79,9 bilhões de exportações (31,2% mais que em 1994) e US$ 72,5 bilhões de importações (8,6% menos que em 1994).
Em dezembro, o país obteve resultado positivo de US$ 484 milhões na balança comercial. No mesmo mês do ano anterior, o resultado havia sido negativo em US$ 1,7 bilhão.
Segundo o ministério, o setor industrial-manufatureiro respondeu por 83,7% das exportações mexicanas, o agrícola, por 5%, o de extração mineral, por 0,7% e o petrolífero, por 10,6%.
"O resultado, apesar de bem-vindo, não é nenhuma surpresa", disse à Folha, o economista Andrés Flores Montalvo.
Flores refere-se à desvalorização de mais de 50% do peso em relação ao dólar, ao longo de 1995 -principal causa do aumento das exportações mexicanas.
Ele acredita que o choque cambial teve uma função muito positiva: reanimar o setor exportador.
"Antes da desvalorização, os produtos mexicanos estavam pouco competitivos. O setor havia perdido seu dinamismo", disse.
Com a notícia, o peso mexicano ganhou terreno ontem frente ao dólar. A moeda norte-americana fechou a 7,30 pesos, caindo 1,3% com relação a quarta-feira.
Apesar da euforia, o diretor-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Michael Camdessus, disse, ontem, em Roma (Itália), que não está descartada a possibilidade de uma segunda fase da crise mexicana.

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