São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Supergrass foi a revelação do festival

MARCEL PLASSE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Supergrass acabou com a calmaria e previsibilidade do Hollywood Rock ao dar sangue para superar o desconhecimento de suas músicas pelo público paulista.
Com a entrada da banda no palco, o festival acordou dos blues arrastados e sinfonias da noite anterior, ganhando ritmo de "mosh" (corpos voando sobre o público).
A banda inglesa mostrou energia de um The Who adolescente.
Já na segunda música a bateria desmontou. O vocalista e guitarrista Gaz brigou com os pedais de sua guitarra durante quase toda a apresentação. As dificuldades fizeram o grupo se empenhar mais.
Coube aos caçulas do festival lembrar como os bons shows de rock acontecem de verdade: com energia e sem maquiagem -apesar do que pensa parcela da crítica.
White Zombie, na sequência, foi o oposto. Gritando "jump" (pulem) até enjoar, o vocalista Rob Zombie parecia um rapper do grupo branco House of Pain.
Responsável pelo metal do festival, tocou até cover do Black Sabbath ("Children of the Grave"). Mas sua mistura de eletrônica, rap e teatrinho de rock, em vez de soar vigorosa, teve a criatividade de uma aula de aeróbica.

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