São Paulo, terça-feira, 23 de janeiro de 1996
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Amir tenta adiar julgamento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Começa hoje o julgamento de Yigal Amir, 25, o estudante de direito israelense acusado de matar o premiê Yitzhak Rabin, em novembro. Seus advogados devem tentar adiar as declarações do réu.
Amir admite que atirou no premiê quando este saía de um ato pela paz, em Tel Aviv, como forma de frear o processo de paz. Logo após o crime, disse ter ficado feliz com a morte do premiê. Depois, disse que não atirou para matar.
Caso admita ser culpado, os trâmites judiciais devem ser mais rápidos. Na outra hipótese, Amir deve usar um julgamento mais longo para divulgar suas posições contrárias à paz com os palestinos.
Jonathan Ray Goldberg, um dos dois advogados de Amir, disse que vai pedir o adiamento do julgamento até que uma comissão do governo que investiga falhas na segurança de Rabin divulgue seu relatório.
A Justiça já adiou uma vez o início do julgamento, no mês passado. Juristas israelenses acham que o tribunal não vai aceitar o pedido da defesa, obrigando Amir a declarar-se culpado ou inocente.
Além da acusação de assassinato, pesa contra Amir (junto com seu irmão Hagai e com outro israelense, Dror Adani) um processo por conspiração. Amir aguarda o julgamento na prisão.

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