São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996
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PPB avalia que reeleição não será aprovada e estuda cargo para Maluf

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Partido Progressista Brasileiro (PPB) avalia que são praticamente nulas as chances de passar a emenda constitucional para reeleição de prefeitos neste ano.
A avaliação foi feita na segunda-feira, quando chefes do PPB tiveram uma reunião-almoço de três horas com Paulo Maluf, prefeito de São Paulo.
Nessa reunião, na casa de Maluf, ficou acertado que o prefeito paulistano deverá assumir a presidência do PPB no ano que vem -o que garantiria ao pepebista um papel de destaque no cenário político quando deixar a prefeitura.
A presidência do partido está com o senador Esperidião Amin (SC) até setembro de 1998, mas a Folha apurou que ele aceitaria renunciar ao cargo em favor de Maluf em meados do ano que vem.
Maluf não vai assumir publicamente que a batalha pela reeleição em 3 de outubro está perdida. À Folha, disse: "O presidente demonstrou uma grande desambição. O que no regime presidencialista é raro e louvável".
Maluf se referia ao fato de FHC não ter incluído a reeleição na pauta da convocação extraordinária do Congresso. Atualmente, a Constituição proíbe a reeleição de ocupantes de cargos executivos -prefeitos, governadores e presidente.
Enquanto ocupar a presidência do PPB, Maluf vai percorrer o Brasil divulgar seu mandato na Prefeitura de São Paulo -considerado positivo pelo partido.
Durante o périplo de Maluf pelo país em 1997, o PPB avaliará se o atual prefeito de São Paulo consegue reverter -ou não- a pecha de ser apenas um político paulista e com poucas chances de uma candidatura à Presidência em 1998.
Com a reeleição para prefeitos perdida, o PPB -que apóia FHC no Congresso- acha que é melhor deixar tudo para o ano que vem.

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