São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996
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Superávit e PIB surpreendem no Chile

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Chile obteve superávit comercial (exportações menos importações) de US$ 1,39 bilhão em 1995, praticamente o dobro do resultado de 1994 (US$ 725 milhões), informou ontem o Banco Central.
O comunicado da instituição aponta o crescimento no volume das exportações e o preço mais competitivo dos produtos chilenos como causas do crescimento de quase 100% do superávit.
Em 1995, as exportações aumentaram 38% e as importações, somente 35%.
Em dezembro, o superávit foi de US$ 64,6 milhões, saldo de US$ 1,29 bilhão de exportações e US$ 1,23 bilhão de importações.
O BC revelou também que o índice mensal de atividade econômica no Chile -do qual se extrai o crescimento anual do PIB (Produto Interno Bruto)- subiu 9,3% em novembro em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
A taxa supera a média de 8,2% de crescimento, observada nos primeiros dez meses do ano passado.
Em novembro de 1994, o país havia crescido a uma taxa bem inferior, de 4,3%.
Nafta
Analistas acreditam que esses resultados deverão ajudar o Chile a entrar no Nafta (Tratado de Livre Comércio da América do Norte, que une EUA, Canadá e México) ainda este ano.
O processo depende da aprovação da "via rápida", por parte do Congresso norte-americano, o que agilizaria os trâmites para a adesão chilena. "Com tantas boas notícias, a aprovação é quase certa", disse um analista independente.
Cobre
As exportações chilenas de cobre totalizaram US$ 605 milhões em dezembro, 20% mais que no mesmo período do ano anterior.
O aumento das exportações deveu-se à subida do preço internacional do metal assim como ao incremento do volume de produção interna, disse a instituição.
Em todo o ano de 1995, as exportações de cobre somaram US$ 6,5 bilhões, superando em US$ 2,25 bilhões (aumento de 53%) as vendas externas de 1994.

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