São Paulo, quarta-feira, 24 de janeiro de 1996 |
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Rota do 'country chique' passa pelo Canadá
PEDRO ALEXANDRE SANCHES
A trilha Canadá-Brasil é, ao que parece, anticomercial. O disco de k.d. chega ao Brasil via importação pela Warner. "200 More Miles", que comemora dez anos do Cowboy Junkies, não tem previsão de lançamento nacional e pode ser encontrado em importadoras. Os artistas -e os CDs- apresentam mais pontos em comum que simplesmente a terra natal. Além de canadenses, dedicam-se a uma variável da country music -a música "caipira" da América do Norte- que se aproxima cada vez mais da elegância pop e da sutileza vocal e instrumental. São, como todo artista popular canadense e como todo artista de inflexão country, herdeiros diretos do conterrâneo roqueiro Neil Young, ainda em plena atividade. E não negam paternidade ao também canadense Leonard Cohen, influenciador na suavidade vocal e na elaboração poética das letras. Vêm se somar a uma vertente em expansão na música pop atual. O norte-americano Chris Isaak, por exemplo, lançou, no ano passado, o country-chique "Forever Blue", seu quinto disco. O grupo californiano Grant Lee Buffalo faz carreira baseando-se numa fusão de country, blues e rock'n'roll. Juntos, formam a ponta bem-sucedida do fenômeno, que se expande numa vertente de reação cool e desambiciosa ao rock'n'roll barulhento e tradicional que domina paradas e mercados. Texto Anterior: Poucos filmes 'B' dos anos 40 são clássicos Próximo Texto: Junkies fazem dez anos Índice |
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