São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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Empresas nacionais reclamam

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Fernando Bezerra (PMDB-RN), presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), foi duramente criticado ontem por representantes das indústrias nacionais farmacêuticas e de química-fina, pela posição que adotou como relator do projeto da "Lei de Patentes".
"É lamentável que o presidente da CNI diga representar a indústria nacional. O que ele defende é o setor da indústria estrangeira filiado à CNI. Nós não nos consideramos representados por ele", afirmou o representante da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais) na votação, Dante Alários Júnior.
Segundo Júnior e o vice-presidente da Abifina (Associação Brasileira de Química Fina), João Alexandre Viegas, a adoção do "pipeline" pelo país vai trazer prejuízos financeiros e provocar o fechamento de indústrias.
A Folha apurou que a aprovação do projeto resulta de forte pressão do governo dos EUA. Um acordo nos bastidores entre Washington e Brasília explica o esforço do governo para mostrar progresso na questão da propriedade intelectual.
O empenho do Executivo brasileiro objetiva sinalizar aos EUA que a "Lei de Patentes" pode ser aprovada pelo Congresso antes de 31 de março.
Esse é o prazo para a apresentação pelo representante comercial dos EUA, Mike Kantor, do relatório sobre os países que desrespeitam a propriedade intelectual.
Werner Ross, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo, disse que a aprovação é "uma passo para frente" para a modernização do Brasil.
John Mein, vice-presidente executivo da Câmara Americana de Comércio-SP, disse que a proteção à propriedade intelectual é prioridade para as 1.500 empresas associadas à Câmara (53% de capital nacional).

Colaborou a Reportagem Local

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