São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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Vicentinho defende negociação

DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA

O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, defendeu ontem os pontos acordados com o governo e centrais para a Previdência, em manifestação na praça da Sé, centro de São Paulo.
"Eu tenho o direito de falar minha posição pessoal. Vou defender, em debate interno da CUT, os pontos tirados na negociação caso haja as mesmas garantias e critérios de hoje para o trabalhador do setor informal", disse Vicentinho.
Ele disse que espera "avanços" nas negociações de hoje no fórum de debates da Previdência, como a manutenção da aposentadoria proporcional e da especial para professores universitários.
O presidente do PT, José Dirceu, também presente ao ato, defendeu o fórum. E afirmou que a manutenção da aposentadoria por tempo de trabalho na Constituição é uma questão de doutrina. "Só o trabalho produz riqueza." Nos pontos acordados entre governo e centrais, a aposentadoria por tempo de trabalho é substituída pela por tempo de contribuição.
O ato de São Paulo foi uma das manifestações realizadas em todo o país ontem, Dia Nacional do Aposentado. O protesto foi organizado pela Cobap (Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas) e teve participação da CGT (Confederação).
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ligado à Força Sindical, defendeu o acordo para uma platéia de cerca de 500 pessoas, segundo a PM.
Em seu discurso, afirmou que a negociação com o governo acabou com privilégios de deputados, vereadores e juízes.
Em outras cidades, a manifestação teve participação de poucas pessoas, a maioria aposentados. Em Santos (72 km a sudeste de São Paulo), cerca de 200 pessoas participaram do ato.
Em Salvador, cerca de 150 pessoas pediram a participação dos aposentados nas discussões sobre a Previdência. A manifestação em Recife reuniu 200 pessoas e a CUT distribuiu 7.000 panfletos negando acordo com o governo.

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