São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
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Guarapiranga viraria 'praia'
LÚCIA MARTINS
Segundo ele, a represa poderia virar um importante local de lazer de São Paulo. "A represa está desprezada e malcuidada. Não há vias de acessos. Quando você passa ali, não consegue ver a represa. Só vê alguns bares feios." Autor dos projetos de 42 prédios na avenida Engº Luís Carlos Berrini (zona sul), Bratke sugere a construção de uma avenida que circularia a represa e permitiria melhor acesso dos visitantes. Seria uma espécie de calçadão. Para isso, seria necessário aterrar alguns trechos da represa. Em uma segunda etapa do projeto, ele propõe a construção de uma galeria para captar o esgoto que deságua na Guarapiranga e reduzir a poluição da represa. Ele avalia o custo do projeto em cerca de R$ 50 milhões, que poderiam vir da iniciativa privada. "Poderia haver parceria. Muitos empresários se interessariam, já que a represa se transformaria em um ponto turístico importante." Para o prefeito Paulo Maluf, aterrar parte da represa não é uma medida interessante. Segundo ele, a cidade tem vasos intercomunicantes. Um projeto reflete no outro. Maluf disse que qualquer obra que comprometa a capacidade de abastecer a cidade tem que ser muito bem estudada. "Como é que se construiria essa avenida? Demolindo as casas que estão à beira da represa." Há cerca de 600 mil pessoas morando nas proximidades da represa de maneira irregular. Guarapiranga responde por 35% do abastecimento de água da cidade. (LM) Texto Anterior: Arquiteto quer Santo Amaro com mão única Próximo Texto: Ohtake quer construir centro esportivo Índice |
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