São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996 |
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Ohtake quer construir centro esportivo
LÚCIA MARTINS
Segundo ele, a região poderia "captar" as pessoas que trabalham naquela região. Seriam cinco "instalações esportivas" (para quadras de basquete, vôlei, tênis, natação e futebol) em uma área de 70 mil metros quadrados. No subsolo do prédio seria construído ainda um centro de abastecimento, com restaurantes, bares e mercados. A idéia é "aglutinar pessoas" durante toda a semana: de segunda a sexta-feira, no centro de abastecimento, e nos finais de semana, nas quadras de esporte. O centro poliesportivo seria aberto ao público e iria atender de 15 mil a 50 mil pessoas, segundo Ohtake, professor de projetos da Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Santos. Autor de mais de 500 projetos, entre eles o do prédio da Embaixada do Brasil em Tóquio, Ohtake sugere que o financiamento para a construção do centro poliesportivo seja feito por meio de parceria com a iniciativa privada. Segundo ele, as empresas que se dispusessem a financiar o projeto poderiam explorar o comércio do centro de abastecimento. Ele estima em R$ 60 milhões o custo da construção do centro. "É muito dinheiro para o governo. Só seria possível com ajuda externa." O centro seria construído na altura do centro empresarial, na região do Parque Santo Antônio (zona sul de São Paulo). Para desafogar o trânsito das marginais Pinheiros e Tietê, a única solução apontada por Ohtake é a construção de um anel viário, que reduziria o tráfego de caminhões nas marginais. "Não adianta arborizar as marginais se um caminhão que vem do Nordeste precisa passar dentro da cidade. Qualquer projeto que não inclua a construção do anel é só um paliativo para o problema." Além do projeto de conjunto poliesportivo da marginal, Ohtake também aponta como problema da cidade de São Paulo os bolsões de pobreza da periferia da cidade. Para resolver o problema, Ohtake sugere que sejam construídas escolas nas favelas. "Não adianta ficar só pensando no centro e na zona oeste. Se há problemas lá, na periferia é muito pior", afirma. Um dos últimos projetos do arquiteto foi o de um museu aberto na cidade de Washington, nos Estados Unidos. O museu deve ser inaugurado em março. (LM) Texto Anterior: Guarapiranga viraria 'praia' Próximo Texto: Para brasileiro, SP discrimina nordestino Índice |
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