São Paulo, quinta-feira, 25 de janeiro de 1996
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The Cure diversifica seu estilo em disco novo

EVA JOORY
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A banda inglesa The Cure deu anteontem, no Rio, uma amostra do que vai ser o novo disco, "Wild Mood Swings". Com uma audição de apenas seis músicas (o disco deverá ter 12), a banda -que deu entrevista coletiva sem Robert Smith, que estava com dor de barriga- mostrou um disco pop, com influências diversificadas -desde ritmos latinos até guitarras mais psicodélicas.
O Cure é formado por Robert Smith (guitarras e vocais), Simon Gallup (baixo), Perry Barmonte (guitarra) Jason Coope (bateria) e Roger O'Donell (teclados). Só Smith e Gallup fazem parte da formação original da banda.
As músicas apresentadas foram "Want", "This is a Lie", "Club America", "Jupiter Crash", "The Two Chord Cool" e "Mint Car". Sem medo de perder a identidade pop, o Cure finalmente abriu espaço para novas experiências. Mais melódicas e com mais guitarras, algumas músicas, como "Club America" e "This Is a Lie", têm influências dos anos 60.
O mais inusitado está na música "The Two Chord Cool", que tem claramente influências latinas. A música começa com o som de uma orquestra latina, influência de Tito Puente, segundo O'Donell.
"Ouvimos CDs de várias partes do mundo. No meio da noite, pedíamos comida por telefone e, a cada vez, escolhíamos uma comida de uma país diferente. Foi assim que fizemos este disco", explica Barmonte.
O'Donell justifica: "Estamos mais velhos e nossas influências se diversificam. Isso nos dá segurança para apresentar estas mudanças ao nosso público".
Quatro anos se passarem entre "Wish" e "Wild Mood Swings". Durante esse tempo, a banda compôs e fez shows pela Inglaterra. "Estamos numa situação em que não precisamos lançar discos a cada ano", justifica Gallup. "Este afastamento foi bom, nos deu mais vontade de tocar", diz Barmonte.

A repórter EVA JOORY viajou ao Rio a convite da PolyGram

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