São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Funcionalismo prepara greve para março

DANIELA PINHEIRO
SILVANA DE FREITAS

DANIELA PINHEIRO; SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Sindicatos do funcionalismo público preparam uma greve por tempo indeterminado dos servidores federais, estaduais e municipais a partir do dia 11 de março.
A CUT espera mobilizar pelo menos 3 milhões de servidores para protestar contra o governo. Isso equivale a 60% de todo o funcionalismo do país (5 milhões).
Entre as reivindicações, estão o reajuste de 59% e a fixação de um piso salarial de R$ 420. Também pedem a retirada das emendas das reformas administrativa e previdenciária do Congresso Nacional.
Os sindicatos que representam os servidores formam a principal resistência à reforma da Previdência. O funcionalismo perde direitos com o acordo entre as centrais sindicais e o governo, como a facilidade atual de obter aposentadoria integral (sem redução em relação ao valor do salário).
"O acordo vai facilitar a mobilização", disse Afonso de Souza, dirigente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras.
A data da greve foi agendada no final de semana. Cerca de 230 representantes de sindicatos se reuniram em Brasília para definir o calendário de protestos.
Segundo Ismael José César, do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, a reposição salarial é prioritária. A data-base do funcionalismo é janeiro. Os 59% pretendidos foram calculados pelo Departamento Intersindical de Economia e Estatística. "Estamos abertos para negociar. Mas será colocar gasolina na fogueira se propuserem o reajuste zero."

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