São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Família de desaparecido recebe certidão de óbito

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

A certidão de óbito do desaparecido político Cilon Cunha Brum foi obtida ontem, por sua família, junto ao Registro Civil da 1ª Zona de Porto Alegre (RS).
O jornalista Lino Brum Filho, irmão de Cilon, se emocionou e chorou ao receber o documento.
A comissão especial criada para tratar dos desaparecidos disse não ter condições de informar se essa foi ou não a primeira certidão de óbito emitida no país para a família de um dos 136 desaparecidos políticos reconhecidos pelo governo. A certidão de óbito é o documento que atesta a morte de uma pessoa do ponto de vista legal.
Nilo disse que a família pedirá à comissão especial investigações para localizar os restos mortais de Cilon. Ele era militante do PC do B no período em que o partido organizou a guerrilha do Araguaia.
Cilon desapareceu em 1970, aos 24 anos, e teria sido morto em 1972, em região onde fica hoje o Estado de Tocantins.
O assistente da comissão especial, Cristiano Morini, disse à Agência Folha que a certidão de óbito é um documento que reforça o pedido para uma investigação sobre os restos mortais, mas que são necessários outros elementos, como depoimentos e provas sobre o último paradeiro da pessoa.

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