São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Ruth critica aposentadoria de professores universitários

FERNANDO ROSSETTI
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

A primeira-dama, Ruth Corrêa Leite Cardoso, 65, que lançou nesta semana seu programa Universidade Solidária, defende o fim da aposentadoria especial para os professores universitários.
"Essas aposentadorias são um tremendo privilégio em um país tão desprivilegiado como o nosso", afirma, embora avalie que os professores "ganham mal".
Em entrevista à Folha, a doutora em antropologia pela Universidade de São Paulo diz também que o perfil político dos estudantes universitários mudou.
"Se você faz perguntas sobre partidos, eles estão desinteressados." Mas, para ela, o interesse despertado pelo seu programa mostra "que a juventude tem muito interesse por ações concretas".
Ruth tem hoje "a melhor relação" com os militares. Segundo ela, é necessário "reforçar esse lado da ideologia militar, que é de construção da nação".
Já a área social do governo "precisaria de mais empenho". Ela destaca, no entanto, que todas as políticas sociais -como assentamentos, saúde e educação- "receberam mais dinheiro e tiveram melhor desempenho".
A continuidade desse trabalho, diz Ruth, não depende da reeleição do presidente. "Sou a favor de que a Constituição permita a reeleição", mas "não tenho qualquer pretensão de que Fernando Henrique seja reeleito".
O Universidade Solidária -que ela define como "a parte prática do Comunidade Solidária"- deverá, nas próximas experiências, melhorar seu material didático e ampliar as regiões atendidas.
A seguir, trechos da entrevista, concedida 'a Folha na quarta-feira, um dia depois de sua visita aos universitários que estão trabalhando em São José de Mipibu (RN).

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