São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996
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Nova obra narra "grampo"

DA "EFE"

Depois de "O Grande Segredo", "As Orelhas do Presidente" deve ser a nova polêmica em torno do presidente morto.
Dois jornalistas, Jean-Marie Pontaut e Jérome Dupuis, relatam nele casos de escutas telefônicas durante 3 dos 14 anos do governo de François Mitterrand.
Segundo eles, 128 jornalistas, 30 advogados, além de juízes, artistas e políticos tiveram conversas controladas. Foram espionadas, 2.000 pessoas ou instituições.
Entre elas está Anne Pingeot, mulher com quem Mitterrand teve uma filha ilegítima, Mazarine, 21.
Segundo o livro, a existência dela, revelada apenas no final do governo Mitterrand, quase veio a público em 1982. Na época, a rádio Carbone 14 tinha a informação, mas o chefe do grupo antiterrorista do governo francês, Christian Prouteau, cortou os cabos de transmissão da rádio.
A escuta ilegal a partir do palácio do Eliseu (sede do governo) foi descoberta em 1992. Um diretor-adjunto de gabinete de Mitterrand, Gilles Ménage, já foi indiciado pelo juiz Jean-Paul Valat, que investiga o caso.
Louis Schweitzer, assessor do ex-premiê Laurent Fabius, também foi envolvido no caso. Fabius era um dos políticos preferidos de Mitterrand.

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