São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 1996
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Advogados pedem habeas corpus na segunda

LUIZ MALAVOLTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Os advogados Luiz Eduardo Greenhalgh e Aton Fon Filho devem solicitar na segunda-feira o pedido de habeas corpus à Justiça de São Paulo para suspender as prisões preventivas contra os líderes do MST.
O habeas corpus é um instrumento jurídico de garantia individual para quem sofre, por ilegalidade ou abuso de poder, restrição em seu direito de ir e vir.
O senador Eduardo Matarazzo Suplicy (PT-SP), que esteve ontem em Presidente Prudente, disse não ter conversado com os dois advogados sobre o assunto.
Greenhalgh e Fon Filho não estavam trabalhando ontem. O escritório de advocacia que possuem em São Paulo estava fechado, segundo um funcionário que fazia "expediente interno".
Carlos Rainha, irmão de José Rainha Júnior, disse ter recebido telefonema de Greenhalgh anteontem à noite. "Ele informou que iria tratar do assunto, mas isso poderia ser feito em São Paulo, no Tribunal de Justiça", declarou.
Dirigentes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) esperavam os dois advogados ontem em Presidente Prudente. Tentaram falar por telefone com eles e também não conseguiram.
A Agência Folha também não conseguiu localizar ontem, em Presidente Prudente, a advogada do MST Meire Orlandini. Seu telefone não respondia.
Suplicy esteve no fim da tarde com o juiz substituto de Pirapozinho, Fernando Florido Marcondes, que decretou a prisão dos sem-terra.
O senador sugeriu ao juiz a revogação das prisões, alegando que o movimento dos sem-terra é "legítimo", "justo" e uma "reivindicação da sociedade".
O juiz baseou sua decisão na acusação feita pelo delegado de Sandovalina, Marco Antônio Fogolin, de que os sem-terra formam um "bando armado e quadrilha".

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