São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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Inteligência fica só no papel
SÔNIA MOSSRI
O secretário-geral da Presidência da República, Eduardo Jorge, comanda os estudos para criação da agência. A proposta é montar um organismo civil que antecipe, inclusive, problemas que possam afetar o governo. Essa idéia não tem a simpatia do general Fernando Cardoso, responsável pela área de inteligência da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos). A ineficiência desse setor em apresentar informações com rapidez tem levado o presidente a usar com frequência os serviços de inteligência dos militares, em especial do Ministério do Exército. Foi assim com a greve do petroleiros no ano passado e os movimentos dos sem-terra. Os militares também fornecem dados sobre a expansão do tráfico de drogas na Amazônia e contrabando de armas, área legalmente coberta pela Polícia Federal. A exemplo dos ex-presidentes Fernando Collor de Mello e Itamar Franco, a criação de uma agência brasileira de inteligência pode não sair do papel. Texto Anterior: Falta de dinheiro e de política de segurança fragiliza Forças Armadas Próximo Texto: Missão é chance de treinamento Índice |
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