São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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Calha Norte segue em marcha lenta
PAULO SILVA PINTO
O Calha Norte começou a ser implementado em 1986, com o objetivo de garantir a ocupação brasileira no território ao norte dos rios Amazonas e Solimões. O governo Sarney decidiu criar um projeto interministerial de melhoria da infra-estrutura na região, que não seria realizado exclusivamente por militares. Mas as três forças, especialmente o Exército, acabaram fazendo a maior parte. Um mini-hospital com 25 leitos, construído em Iauaretê, no Amazonas, ilustra o problema. Pronto para funcionar, está fechado. Ninguém se responsabiliza por sua operação. O Exército, que tem só 70 homens no local, afirma que não pode encampá-lo. Em Tabatinga e São Gabriel da Cachoeira, também no Amazonas, há hospitais sob administração de militares porque a tropa instalada é muito maior: 90% dos pacientes atendidos, porém, são civis. Tabatinga é a cidade que teve os maiores benefícios com o Calha Norte. Além da ampliação do hospital, ganhou um entreposto de pesca, sistema de captação e distribuição de água, rede de esgoto atendendo 70% da população, sedes para a prefeitura e órgãos federais. Ganhou também um centro de treinamento profissional, linha telefônica e uma avenida de 7 km em concreto. Texto Anterior: Sivam é o projeto prioritário Próximo Texto: Submarino nuclear é o objetivo maior Índice |
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