São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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Submarino nuclear é o objetivo maior
RICARDO BONALUME NETO
Com isso, o programa vai sendo levado de modo lento e gradual, tanto que a Marinha tem procurado despertar interesse nele em outros setores do governo e da sociedade. Reatores nucleares servem para esquentar vapor para mover um submarino, mas também para gerar eletricidade para cidades. Energia nuclear e marinheiros sempre tiveram uma ligação íntima no Brasil. O almirante Álvaro Alberto foi um dos pioneiros envolvidos na criação do CNPq, antigo Conselho Nacional de Pesquisas, hoje Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Em Iperó, perto de Sorocaba (87 km a oeste de São Paulo), a Marinha criou a "Unidade de Enriquecimento Isotópico Almirante Álvaro Alberto". Sua função é enriquecer urânio em ultracentrífugas, criando a matéria-prima do combustível nuclear. Em Aramar também serão construídos reatores nucleares e usinas-piloto de demonstração. Em São Paulo, os projetos são feitos em "escala piloto-laboratorial" junto com o Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), na cidade universitária. Por que buscar um submarino nuclear? Ele pode ficar indefinidamente debaixo d'água -até acabar a comida da tripulação. Um modelo convencional precisa recarregar com frequência suas baterias elétricas e se reabastecer de combustível. (RBN) Texto Anterior: Calha Norte segue em marcha lenta Próximo Texto: Viola e mercado Índice |
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