São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
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Depressão pode ser causa da falta de sono

JAIRO BOUER
ESPECIAL PARA A FOLHA

A insônia é um importante sinal de que algum problema pode estar acontecendo com o seu organismo.
Quem vinha dormindo bem e passa a ter alterações significativas de sono deve procurar um médico para investigar o que está errado.
Stella Tavares explica que uma noite sem dormir não significa que a pessoa está com insônia e que deva se preocupar com isso.
A repetição de um padrão de sono irregular e pouco reparador é que merece atenção especial.
As principais causas de insônia são a depressão, a ansiedade, o medo de não conseguir dormir (insônia psicofisiológica), a interrupção da respiração durante a noite (apnéia do sono) e as contrações noturnas involuntárias de músculos (mioclonias).
Cada uma dessas condições, quando corrigidas, podem fazer com que a pessoa volte a ter o seu padrão normal de sono.
O uso de medicações que induzem o sono, por tempo limitado, é um recurso útil para contornar alguns tipos de insônia. Essas medicações não curam a insônia, mas permitem que a pessoa passe a dormir enquanto outros tratamentos começam a ser empregados.
A principal família de remédios que induzem o sono é a dos benzodiazepínicos (BDZ). Eles são relativamente seguros e têm poucos efeitos colaterais. Sonolência e lentidão de alguns reflexos podem ser sentidas no dia seguinte.
Os maiores problemas, no entanto, são a tolerância (depois de um certo tempo, o organismo precisa de doses cada vez maiores para alcançar os mesmos efeitos) e a síndrome de abstinência (a falta do remédio pode causar ansiedade, insônia e instabilidade dos níveis de pressão). Para evitar tais problemas, os BDZ devem ser usados por curtos intervalos de tempo e sempre sob orientação médica. A retirada da medicação deve ser gradual para evitar os sintomas da abstinência.
(JB)

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