São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Na Europa, há ceticismo

OSCAR PILAGALLO
EDITOR-ADJUNTO INTERINO DE ECONOMIA

O pacto alemão para reverter a tendência de desemprego crescente está sendo recebido com algum ceticismo pela comunidade empresarial da Europa.
É o que se pode concluir a partir da primeira reação do jornal britânico "Financial Times", que costuma refletir o ponto de vista dos empresários.
O acordo a que chegaram empregados, empregadores e o governo alemão é visto como iniciativa cheia de boas intenções, mas que ainda carece de medidas específicas para ser concretizado.
O programa alemão ataca problemas considerados fundamentais: alto custo da mão-de-obra, impostos elevados e economia excessivamente regulamentada.
Se as intenções saírem do papel, as empresas deverão se beneficiar com a redução dos custos e a desregulamentação. O mais provável, no entanto, é que elas primeiro aumentem a produtividade e depois se preocupem em criar empregos.
Fosse o "Financial Times" um jornal sindical, não teria maior relevância a observação de que o pacto "tem implicações positivas para os lucros e para o mercado acionário, mas significará pouco para resolver o problema do desemprego".

Texto Anterior: Sindicato busca experiência alemã contra o desemprego
Próximo Texto: Globalização piora crise, diz economista
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.