São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 1996 |
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A precisão na fala e na prosa
MODESTO CARONE
Acredito que esses traços de distinção acompanharam o seu trabalho de crítico e escritor. Nesse sentido basta ver o critério com que usou instrumentos complexos como a teoria social e a psicanálise para afinar uma leitura muito pessoal da ficção de Graciliano Ramos ou da poesia de Mário de Andrade. Mas não só isso como também os recursos de estilo que tornaram sua prosa um exemplo de equilíbrio e maleabilidade. A avaliação dos seus ensaios literários -todos eles marcados pelo "claro raio ordenador" do "espírito de Minas" descrito por Carlos Drummond de Andrade- evidentemente ainda está por ser feita; mas o silêncio que pesa sobre um livro de qualidade como "Figuração da Intimidade" é um desleixo cultural injustificável que precisa ser reparado logo. Texto Anterior: Ensaísta preparava estudo sobre Graciliano Ramos Próximo Texto: O desafio de Mário Índice |
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