São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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Congresso tem a maior queda de prestígio

DA REPORTAGEM LOCAL

Em seguida, vieram os partidos políticos, as instituições financeiras e as Forças Armadas.
Os dados são de pesquisa Datafolha sobre o grau de prestígio e poder das instituições brasileiras, realizada entre os dias 13 e 18 de dezembro do ano passado.
A evolução do grau de prestígio leva em conta apenas os resultados obtidos em 5 das 11 capitais pesquisadas. Elas são as mesmas nas quais o Datafolha fez os dois levantamentos anteriores, em março de 87 a outubro de 92.
A imprensa é a instituição de maior prestígio do país, na opinião de 69% dos entrevistados. Em seguida, estão os clubes de futebol (62%) e a Igreja Católica (55%).
O Congresso teve uma queda de 21 pontos percentuais no grau de prestígio em relação à pesquisa realizada em outubro de 92, pouco depois de a Câmara afastar Fernando Collor de Mello da Presidência da República.
Naquela época, 46% dos entrevistados afirmaram que o Parlamento tinha muito prestígio, o que dava à instituição o quinto lugar na classificação geral.
Na pesquisa mais recente, 25% consideraram que o Congresso tem muito prestígio, o que rebaixou a instituição para o décimo lugar, à frente apenas dos partidos.
Contraditoriamente, 95 foi um dos anos mais produtivos do Congresso. O primeiro semestre registrou altos índices de presença e os parlamentares aprovaram temas como a quebra dos monopólios do petróleo e das telecomunicações.
Os partidos e os bancos ficaram em segundo lugar entre as instituições que mais perderam prestígio entre 92 e 95.
Ambas tiveram queda de oito pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Em 92, 32% da população consideravam os partidos instituições de muito prestígio. O índice caiu para 24%.
Na classificação geral, os partidos passaram do 9º para o 11º lugar. Os bancos e financeiras obtiveram 51% na pesquisa de 92 e 43% na de 95.
Neste período, cresceu o prestígio de três instituições: clubes de futebol; Presidência da República e ministros; e Igreja Católica.
Os clubes passaram de 51% para 62% e se aproximaram do índice de 67% obtido na pesquisa Datafolha de março de 87.
Em relação à Presidência da República e ministros, a variação foi de sete pontos percentuais (34% para 41%). O índice da Igreja Católica variou dois pontos, passando de 53% para 55%.
O grau de prestígio da imprensa permaneceu relativamente estável nas três pesquisas. Era 68% em 87, subiu para 73%, em 92, e caiu para 69% em dezembro último.
Em todos as situações, a imprensa ocupou o primeiro lugar. Em relação a 92, os clubes passaram para segundo lugar, posição que era das Forças Armadas.

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