São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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Ex-office boy vira diretor de fábrica em SP

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

O país das oportunidades. Essa é a melhor tradução da opinião de Edson da Silva Cruz, 41, e Jonathan Baker, 48, sobre o Brasil.
Otimistas convictos, ambos têm uma trajetória de sucesso profissional. De origem humilde, Edson começou a trabalhar como office boy aos 14 anos e hoje é diretor comercial de uma fábrica de balas.
Abandonou o curso de ciências contábeis no quarto ano e acaba de passar no vestibular para o curso de direito.
"Acho que o Brasil tem muito jeito. Todo mundo tem oportunidade aqui", diz Edson.
Norte-americano, Jonathan diz que chegou ao Brasil há 14 anos, para abrir uma filial da agência de propaganda Young & Rubican.
Hoje, tem sua própria empresa de consultoria em comunicação e não pensa em se mudar. "Eu me apaixonei pelo Brasil, pela oportunidade de fazer pioneirismo."
No dia do aniversário de São Paulo, 25 de janeiro, Jonathan e Edson tomavam cerveja com amigos em um bar na rua Oscar Freire, região dos Jardins.
Ambos garantem que sempre foram otimistas em relação ao futuro do país, mas que as coisas melhoraram com o Plano Real.
"Sou mais otimista hoje, por causa do Real", diz Edson.
Jonathan também vê méritos no plano idealizado por Fernando Henrique Cardoso. "Um país com um povo tão competente e trabalhador e com tantas riquezas naturais só precisava de uma certa organização do governo", diz.
No mesmo bar dos Jardins estava outra adepta do otimismo: Sandra Polipo, 23. Para ela, a melhoria do país depende mais da população do que do governo.

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