São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996 |
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Internet é a nova arma do consumidor brasileiro
DANIELA FERNANDES
"Queremos oferecer mais um opção aos clientes. O consumidor pode telefonar ou usar o computador", diz Stella Stockler, 32, gerente de atendimento da Parmalat. A empresa diz que recebe cerca de 150 consultas via Internet por dia, inclusive da Europa e dos Estados Unidos. Segundo a Parmalat, os consumidores pedem receitas ou informações sobre produtos, oferecem sugestões, fazem elogios e reclamações -os mesmos serviços disponíveis pelo atendimento por telefone. O aeroviário Paulo Maurício Ribeiro, 46, acessou a Internet para fazer sugestões e pedir uma receita de sobremesa à Parmalat. Ribeiro tem o hábito de contatar SACs. "A Internet é um canal muito mais rápido, onde dá para explicar um assunto com mais detalhes". A Nestlé tem um projeto para instalar seu serviço ao consumidor na rede de computadores. "A empresa discute na Suíça (local de sua sede) a estrutura de um sistema de informações pela Internet para consumidores, fornecedores e nutricionistas", diz Avelar Vasconcelos, gerente de comunicação e marketing da Nestlé. A Nestlé acaba de reestruturar o sistema de informática de seu SAC, num projeto que durou dois anos -com investimento de US$ 200 mil. "Quando uma reclamação é feita em Alagoas (AL), por exemplo, o sistema aciona a empresa em São Paulo, que se comunica com a filial e manda trocar o produto. Ao mesmo tempo, a informação segue para a fábrica com o intuito de corrigir o defeito", diz. Segundo Vasconcelos, após ter desenvolvido esse sistema, a empresa está "de olho" na Internet. "Estamos nos preparando, embora isso represente 1% dos consumidores", diz. O shopping West Plaza filiou-se à Internet no dia 15. Os consumidores podem obter informações sobre lojas, programação dos cinemas, localização, eventos ou mesmo deixar mensagens no correio eletrônico. "No momento, nossa presença se dá em nível institucional. Vamos verificar o que está sendo mais acessado pelos consumidores para consolidarmos um projeto com objetivos comerciais, aberto às lojas", diz Eleonora de Souza Ramos, gerente de marketing da Plaza Paulista (que administra os shoppings West Plaza, Paulista e Plaza Sul). Texto Anterior: Calor recorde de 33°C faz piscinas lotarem Próximo Texto: Procon volta a atender na rede em fevereiro Índice |
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