São Paulo, segunda-feira, 29 de janeiro de 1996
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Brasil é 3º no ranking mundial

MARCELO CHERTO

Uma pesquisa coordenada por meu amigo Leonard Swartz, da Arthur Andersen de Chicago, mostra que o Brasil continua em 3º lugar no ranking mundial de número de franqueadores em operação. Em setembro de 1995, havia 932 franqueadores no Brasil.
Hoje, segundo a edição 1996 do Guia de Oportunidades do Instituto Franchising, já há 968 marcas sendo franqueadas por aqui.
De acordo com a pesquisa, os Estados Unidos vêm em primeiro lugar, com 3.000 franqueadores. Depois, vem o Canadá, com 1.000 franqueadores. E o Brasil logo atrás. Também no que se refere ao percentual do total das vendas de varejo feitas através de franquias, o Brasil, com 24% das vendas de serviços e produtos, está em 3º lugar, atrás apenas dos EUA (40%) e da Inglaterra (32%).
Em contrapartida, quando se trata de exportadores de franquias, o Brasil, que tem apenas 19 empresas (menos de 2% do total de franqueadores) concedendo franquias para outros países, cai para a 12ª posição. Atrás até mesmo da Áustria, que tem 57 empresas franqueando "além-fronteiras", o que significa que nada menos que 29% dos franqueadores austríacos têm franquias fora de seu país de origem, da Noruega (20 franqueadores, ou 11% do mercado) e da Colômbia (30 franqueadores, ou 63% do mercado).
Os números, em geral, mostram que o franchising encontrou, no Brasil, um terreno fértil para germinar e se desenvolver. Contudo, por melhor negócio que seja o franchising, há certas cautelas que uma empresa deve adotar, antes de sair por aí a conceder franquias a torto e a direito.
Por trás da maior parte dos fracassos que têm ocorrido no mercado de franchising, está um (ou mais de um) dos seguintes pecados: a) conceder franquias antes de a empresa estar devidamente preparada, já tendo inclusive operado uma ou mais unidades-piloto; b) partir para o franchising sem a companhia estar adequadamente capitalizada; ou c) a falta de um planejamento adequado, especialmente no que se refere à expansão da rede.
Franqueador que não cuidar disso, vai dançar. Sem perdão.

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