São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
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Consumo pode alcançar até 38 milhões de t

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O consumo nacional de milho deve crescer 4% este ano, totalizando cerca de 38 milhões de t, prevê a Conab.
É uma taxa inferior à de 8% em 95, puxada principalmente pelos aumentos na produção de aves (19%) e suínos (8%).
Segundo Yukio Mizumoto, presidente da Associação Paulista de Avicultura, o setor consumiu 9,86 milhões de t no ano passado, mas sua expectativa é de que possa ocorrer uma queda de 4% em 96, motivada pela dificuldade vivida pelos produtores de ovos, que podem reduzir em 20% a produção.
Quanto ao frango de corte, ele acredita numa produção similar à do ano passado. "Mas como o volume de exportações deve cair, por causa da relação cambial desfavorável e da concorrência de países que subsidiam seus produtores, haverá maior oferta interna", diz.
Waldomiro Ferreira, presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), prevê produção 6% maior de suínos, com aumento correspondente na demanda por milho. Em 95, o setor consumiu 5,8 milhões de t.
As indústrias moageiras apostam que seu consumo de milho deve crescer 5% em cima dos 4,2 milhões de t de 95.
César Borges de Souza, da Abimilho, diz que os produtos feitos com milho vêm reconquistando o espaço perdido para o trigo no hábito alimentar do brasileiro.
Os preços elevados do milho no mercado internacional devem dificultar as importações.
Nas últimas semanas, a tonelada do produto disponível tem sido cotada entre U$ 150 e U$ 160 FOB no mercado norte-americano.
No ano passado, nessa mesma época, as cotações oscilavam entre U$ 95 e U$ 100 a tonelada.
Já na Argentina, a tonelada de milho chegou nos últimos dias a U$ 160, contra a cotação de U$ 135 registrada em janeiro do ano passado.
Essa valorização ocorreu devido à redução na oferta mundial.

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