São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Agricultores do RS prometem radicalizar

Eles querem ajuda devido à seca

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os pequenos agricultores que protestaram ontem em Porto Alegre (RS) prometem tomar hoje "medidas muito mais duras" do que o bloqueio de rodovias, por exemplo, se suas reivindicações não forem atendidas.
Ontem, os pequenos agricultores acampados em Lagoa Vermelha (240 km ao norte de Porto Alegre) bloquearam a BR-285.
O secretário da Justiça e da Segurança, José Fernando Eichenberg, ordenou que a PM liberasse a rodovia. Na semana passada, eles haviam bloqueado a BR-386.
Os agricultores não foram recebidos ontem pelo governador Antônio Britto (PMDB).
O governador só se dispôs a receber o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, que foi a Porto Alegre apoiar o ato dos trabalhadores.
Vicentinho não aceitou ter a audiência sem a presença dos pequenos agricultores e disse estranhar a atitude de Britto.
O chefe da Casa Civil do governo, Nélson Proença, disse que Britto recebeu os pequenos agricultores na terça-feira da semana passada e que não havia motivo para conceder outra audiência.
A CUT-RS calculou em 2.500 os agricultores presentes ontem em Porto Alegre. Segundo a PM, eles eram 1.300.
Eles fizeram atos em frente ao Palácio Piratini (sede do Executivo) e no largo Glênio Perez, no centro da cidade.
Os plantadores reivindicam ajuda do governo federal de R$ 1.500,00 por família atingida pela estiagem.
Uma comissão dos pequenos agricultores espera ser recebida hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro Pedro Malan (Fazenda).

Texto Anterior: Fazendeiro condena invasões
Próximo Texto: Polícia prende suspeito por crime em Rondônia
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.