São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 1996
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Israel vai investigar racismo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O premiê de Israel, Shimon Peres, criou comissão especial para rever a política de não utilizar sangue doado por imigrantes etíopes e para investigar acusações de discriminação contra os negros.
Os imigrantes etíopes fizeram anteontem manifestação em frente ao gabinete de Peres, em Jerusalém, acusando o governo de racista. O protesto reuniu cerca de 10 mil pessoas e deixou 62 feridas.
A principal reclamação dos etíopes era o fato de os bancos de sangue israelenses jogar fora o sangue dos etíopes por temor de que tivessem o vírus que causa a Aids.
Segundo autoridades de saúde de Israel, a incidência do vírus entre os etíopes é 50 vezes maior.
Os etíopes que moram em Israel são judeus e formam comunidade de cerca de 60 mil pessoas.
O ministro da Saúde do país, Ephraim Sneh, reconheceu a prática e disse que todo o sangue doado por etíopes seria congelado até alguma conclusão sobre o assunto.
O Conselho de Absorção de Imigrantes do Parlamento de Israel se encontrou ontem para ouvir as reclamações dos judeus etíopes.
Sobre a suposta separação entre negros e brancos em escolas, o ministro da Educação, Amnon Rubinstein, disse que era falsa. Ele afirmou que os imigrantes etíopes recebiam ajuda para estudar.

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