São Paulo, quarta-feira, 31 de janeiro de 1996
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Protesto de servidores fracassa e sindicato culpa Vicentinho

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA SUCURSAL DO RIO; DA REPORTAGEM LOCAL; DA AGÊNCIA FOLHA

O Sindisep (Sindicato dos Servidores Públicos Federais) responsabilizou ontem o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, pelo fracasso da paralisação de 24 horas convocando todo o funcionalismo em protesto aos baixos salários e contra a reforma da Previdência Social.
"As categorias estão desanimadas e decepcionadas com a postura do Vicentinho e da CUT de aceitar negociar com o governo", disse Ismael José César, presidente do Sindisep. O sindicato quer a retirada do Congresso das reformas Administrativa e da Previdência.
A concentração dos manifestantes em frente à Catedral de Brasília estava marcada para as 9h. A passeata só começou duas horas mais tarde. Eles caminharam até o Palácio do Planalto. O ato público reunia cerca de 200 a 300 pessoas quando os manifestantes se encontravam na frente do Ministério da Administração, segundo a Polícia Militar. Os sindicatos afirmam ter mobilizado nas ruas de 800 a 1.000 trabalhadores.
O Sindicato dos Servidores do Legislativo havia recomendado à categoria que aderisse ao movimento sem, entretanto, paralisar suas atividades. Os ministérios funcionaram normalmente.
Para o dia 11 de março está marcada uma greve por tempo indeterminado.
Nenhuma categoria paralisou as atividades ontem na cidade de São Paulo. A informação é da direção da CUT estadual. As correntes mais à esquerda da CUT atribuem o fracasso à crise surgida na entidade depois que Vicentinho negociou a reforma com o governo.
No Rio, a paralisação foi parcial, segundo o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal. Em Salvador, cerca de 400 servidores federais, segundo a PM, participaram de manifestação. Em Curitiba, a CUT diz ter reunido outras 400 pessoas. A CUT-PR apóia a estratégia de Vicentinho de negociar "avanços na reforma".
Em Manaus (AM), paralisação dos funcionários da Receita interrompeu a liberação de cargas no porto e no aeroporto de Manaus.

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