São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996
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O tempo passa

Em 1989, Fernando Morais, então secretário da Cultura do Estado de São Paulo, e seu adjunto, Cesar Calegari, decidiram apoiar publicamente Lula contra Collor, no segundo turno da campanha presidencial.
Quércia, que na eleição deste ano liberou os políticos de seu grupo para apoiar Erundina já no primeiro turno, não teve um comportamento parecido em 89, quando era o governador.
Desaprovando a atitude dos auxiliares, Quércia os chamou ao Palácio dos Bandeirantes. Disse que eles não poderiam declarar voto em Lula, sob pena de perderem a secretaria.
- A decisão já está tomada - disse Fernando Morais, deixando o Palácio dos Bandeirantes crente de que estava demitido.
Quando estavam na Secretaria da Cultura arrumando as gavetas, Ana Maria Tebar, auxiliar próxima a Quércia, telefonou:
- Vamos deixar isso de lado. O Quércia está de cabeça quente. Vai passar.

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