São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996
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CPTM acusa maquinistas

ROGERIO WASSERMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos), José Roberto Medeiros da Rosa, disse acreditar que os incidentes ocorridos ontem nas estações da zona leste possam ter sido estimulados por maquinistas da própria empresa.
Segundo ele, os maquinistas estariam insatisfeitos com o último acordo salarial coletivo da categoria, que teria acabado com privilégios da classe.
"A área onde houve o conflito ontem há uma demanda que não chega a 3.000 passageiros por dia, e a Polícia Militar contou 5.000 pessoas na estação Engenheiro Goulart na hora do tumulto", afirma Rosa.
Para ele, o atraso decorrente do acidente com o "surfista" teria sido usado como desculpa para o quebra-quebra.
Rosa disse acreditar que os estragos nas estações tenham sido causados por pessoas preparadas para o tumulto.
"Os trens têm equipamento de segurança contra incêndio. Não se coloca fogo neles com um palito de fósforo", afirma.
Segundo ele, uma pessoa, que não é funcionário da CPTM, teria sido detida ontem durante o tumulto por incitar a violência.
A Folha não conseguiu ontem localizar nenhum integrante do Movimento em Defesa dos Ferroviários, responsáveis pela operação padrão iniciada ontem e responsabilizados por Rosa pelos tumultos.
Os três sindicatos que representam os funcionários da CPTM negam ter ligações com o movimento. Segundo Rosa, os maquinistas representam 6% de toda a folha de pagamento da CPTM.
(RW)

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