São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996
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Apeoesp pede segurança nas escolas

DA REPORTAGEM LOCAL E DA AGÊNCIA FOLHA EM SANTOS

A subsede norte da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) promove hoje um ato público contra a violência nas escolas.
O evento está marcado para as 11h na praça Santo Eduardo, Vila Maria (zona norte de SP).
A Apeoesp pretende reunir hoje entidades do bairro, como a comunidade Amigos do Bairro, sindicatos de diversos setores localizados na região, OAB/SP (Ordem dos Advogados do Brasil), representantes de escolas e sindicatos de professores, segundo Marcos Floriano, 33, vice-coordenador da subsede norte.
Essa é a segunda manifestação organizada pela entidade na região. A primeira ocorreu no dia 12 de setembro na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).
"A violência aumentou após a reestruturação da rede escolar ocorrida nesse governo", disse Floriano.
Segundo o vice-coordenador, a entidade está reivindicando a contratação de mais funcionários para as escolas e maior policiamento em locais onde há escolas públicas.
Ele disse que um dos maiores problemas nas escolas são as gangues de drogas.
"Se houver mais funcionários, é possível fiscalizar mais o que se passa dentro da escola e prevenir problemas", disse.
Guarujá
Três passeatas sairão hoje à tarde de pontos distintos de Guarujá (na Baixada Santista) em direção à igreja matriz da cidade, onde às 19h ocorrerá a missa de sétimo dia do estudante Márcio Feliciano Nicolau, 17.
O objetivo dos manifestantes é protestar contra a violência na cidade e o assassinato de Nicolau.
Ele foi morto na semana passada com um tiro no peito durante uma tentativa de assalto no calçadão da praia de Pitangueiras. O acusado, C.C.F., 15, está desaparecido.
As passeatas sairão dos bairros da Enseada e Pitangueiras, na orla, e do distrito de Vicente de Carvalho, onde mora o acusado pelo crime. Elas passarão diante do fórum, da sede da Polícia Militar e da Delegacia de Polícia Civil.
Desde o fim-de-semana passado, a população da cidade vem sendo convocada para a manifestação por faixas e folhetos. Os organizadores são pais de alunos, comerciantes e empresários da cidade.
Segundo o gerente de vendas Paulo Nishi, os folhetos estão sendo distribuídos no comércio e em portas de escolas.

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