São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996 |
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Whoopi Goldberg vira homem em filme
CLÁUDIA TREVISAN
O sócio -homem e branco- é interpretado pela própria Whoopi, que segue um caminho semelhante ao de Robin Willians e Dustin Hoffmann, protagonistas de comédias nas quais tiveram de se transfigurar em personagens do sexo oposto ("Uma Babá Quase Perfeita" e "Tootsie"). Whoopi é Laurel Ayres, brilhante analista financeira que não recebe uma merecida promoção. Em seu lugar, é escolhido seu colega Frank (Tim Daly), carreirista, inescrupuloso -e homem. Quando descobre que terá como chefe seu antigo pupilo, Laurel pede demissão e decide tentar a sorte sozinha em Wall Street. Mas não encontra empresários dispostos a entregar a guarda de seu dinheiro a uma mulher. Depois de dezenas de tentativas infrutíferas, Laurel tenta uma saída desesperada: inventa um sócio fictício, Robert Cutty, que dá ao seu trabalho a autoridade masculina supostamente necessária ao mundo dos negócios. Rapidamente, Cutty se torna uma celebridade, graças ao trabalho de Laurel. A celebridade é alimentada pelo misterioso fato de que ele nunca aparece em público ou para seus clientes. Até que chega o dia em que a situação fica insustentável e Cutty tem de se materializar. É quando Laurel Ayres se transforma em seu sócio: um robusto homem branco, com a fisionomia semelhante à de um Marlon Brando "emborrachado" pela maquiagem. Para se transformar em seu "sócio", a atriz se submetia a três horas e meia de maquiagem e chegou à conclusão de que o trabalho era perfeito quando decidiu visitar a própria mãe como Robert Cutty e não foi reconhecida. Dianne Wiest Em seu caminho para conquistar Wall Street, Laurel conta com a ajuda de Sally (Dianne Wiest). Dianne faz o clássico papel feminino no mundo dos negócios: a secretária eficiente. "The Associate" é inspirado no filme francês "L'Associé". Na versão original, o personagem principal era um homem que troca a carreira publicitária pelo mundo dos negócios. "A única coisa similar ao filme francês é a criação de um sócio fictício", diz o autor do script, Nick Thiel. Segundo ele, Whoopi teve participação decisiva na elaboração do roteiro. Por sugestão dela, Frank, seu rival, se transformou em colega de trabalho, deixando o posto de chefe que tinha na versão original. Whoopi também pediu que uma história de amor fosse substituída pela relação de amizade entre ela e a personagem de Dianne Wiest. Texto Anterior: Londres vive febre de filmes 'de estante' Próximo Texto: Atriz dispensa laboratório Índice |
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