São Paulo, terça-feira, 1 de outubro de 1996 |
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Atriz dispensa laboratório
CLÁUDIA TREVISAN
Leia a seguir trechos da entrevista da atriz à Folha. (CT) * Folha - A sra. andou pela cidade como Robert Cutty para ver como as pessoas respondiam ao personagem? Whoopi Goldberg - Oh, eles não respondiam, porque eu tinha uma aparência muito estranha. As pessoas olhavam para mim e olhavam rapidamente para outro lugar. Não sabiam que era eu. Robert Cutty me trouxe o anonimato. Eu podia sentar em lugares públicos e não ser incomodada. Folha - Parte do apelo deste filme está em juntá-la a Dustin Hoffman e Robin Willians, que também interpretaram personagens do sexo oposto? Goldberg - Não, o apelo deste filme era me fazer rir. Folha - E como foi trabalhar com Dianne Wiest? Goldberg - Ótimo. Ela é aberta, receptiva e gosta de se divertir, o que para mim é o céu. Era apenas: "Olha, isso não é engraçado, o que podemos fazer?". E ela respondia: "Que tal isso?". E eu dizia: "Ok, vamos tentar". Folha - O filme trata de preconceito sexual, mas não toca na questão racial... Goldberg - Não era necessário. Folha - Por que não? Goldberg - Porque eu sou o que eu sou. Folha - Se Laurel fosse um homem negro, a sra. acha que seria fácil ser promovido? Goldberg - Eu não sei. Folha - O que a sra. considera mais forte: preconceito contra a mulher ou o negro? Goldberg - Não tenho como responder essa questão porque para mim é algo que tem menos relação com raça e com gênero do que com a necessidade de mudar o sistema. Folha - A sra. conversou com mulheres de negócios para montar seu personagem? Goldberg - Não, eu não faço isso. Folha - A sra. não acredita nesse tipo de pesquisa? Goldberg - Não, ela não funciona para mim. Folha - Por quê? Goldberg - Não sei. Apenas nunca me pareceu importante descobrir o que está lá fora. Se tivesse tido toda essa conversa financeira, provavelmente não teria feito o personagem. Texto Anterior: Whoopi Goldberg vira homem em filme Próximo Texto: Já tô na quinta aula de urna eletrônica! Índice |
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