São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PT espera crescer, mas não o esperado

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

O PT do Estado de São Paulo poderá ter um desempenho abaixo do esperado. O partido deve perder cidades importantes que administra atualmente, como São José dos Campos e São Vicente.
Mas, se comparado ao desempenho do PT na eleição municipal de 1992, a previsão é de crescimento. Segundo a deputada estadual Bia Pardi, presidente do PT paulista, o partido deve eleger em torno de 25 prefeitos em todo o Estado.
Na eleição de 1992, foram eleitos 11 prefeitos petistas em São Paulo -dois deles abandonaram a legenda. Se conseguir mesmo 25 prefeituras, trata-se de um crescimento significativo. Mas abaixo da expectativa partidária.
Berço do PT, São Paulo tem 625 municípios. Mesmo na região do ABCD, onde o partido nasceu, há dificuldades. Há riscos de derrota em Diadema, que administra desde 1983. Mas deve ganhar em Santo André, maior cidade da região.
Ainda no ABCD, o PT tem chances de eleger os prefeitos de Ribeirão Pires e Mauá. Mas corre o risco de ser o quarto colocado em São Bernardo do Campo, berço do novo sindicalismo e do PT.
Nesta cidade, a legenda escolheu o sindicalista Wagner Lino para disputar a eleição. Maurício Soares, um ex-prefeito do PT que concorre pelo PSDB, disputa a eleição com Tito Costa (PFL).
A indicação de um sindicalista para prefeito pode ser também o motivo do tropeço do PT em São José dos Campos. A prefeita Angela Guadgnin não consegue transferir votos para o metalúrgico Edmilson Toquinho de Oliveira.
Bia Pardi reconhece as dificuldades de candidatos operários do PT. "Não nego que haja preconceito."

Texto Anterior: Para candidata, ataques de Motta revelam 'descontrole'
Próximo Texto: Petistas e tucanos tentam apoio de Rossi no 2º turno
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.