São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Lampião criou apelido

DO ENVIADO ESPECIAL

Maria Bonita, a companheira de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) por quase dez anos em suas andanças pelo Nordeste, é um símbolo feminista na região.
Criada com outros onze irmãos, ainda adolescente Maria Alina, ou Maria Déia, foi "dada" por seu pai a um sapateiro, conhecido como Zé de Neném.
Vivia insatisfeita com ele havia seis ou oito anos, segundo escreve Frederico Bezerra Maciel em "Lampião, seu Tempo e seu Reinado", quando conheceu o "rei do cangaço".
Segundo Maciel, foi o próprio Lampião que, ao ver a jovem Maria Alina, a batizou de Maria Bonita.
A entrada de Maria Bonita no bando de Lampião abriu as portas para outras mulheres serem aceitas.
Aprendeu a atirar, com "armas curtas", segundo Maciel, era muito corajosa e foi muito bem aceita pelos cangaceiros.
Maria Bonita morreu aos 28 anos, com dois tiros, na mesma emboscada que matou Lampião, no sertão sergipano, em 28 de julho de 1938.
Degolada, como os demais cangaceiros mortos na emboscada, teve a cabeça exibida em praça pública.

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