São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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PT cai, mas ainda espera vencer no 1º turno

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O PT espera por uma "onda eleitoral" de última hora para contrariar o que dizem as pesquisas e vencer ainda no primeiro turno a eleição para prefeito de Santos (72 km a sudeste de São Paulo).
A candidatura da deputada federal Telma de Souza (PT) despencou 16 pontos percentuais desde o início das pesquisas do Datafolha. A queda foi de 52% em julho para 36% na pesquisa de intenção de voto realizada nos dias 26 e 27.
A tradução da "onda eleitoral" petista, segundo definição de Fábio Barbosa, candidato a vice-prefeito, é uma maciça participação da militância nas ruas da cidade nos dias que antecedem a eleição.
A primeira atividade dessa estratégia acontece hoje: uma "passeata silenciosa" -devido às restrições da lei eleitoral a partir de agora- pela orla da praia.
"Vamos fazer mutirões casa a casa, rua a rua e intensificar o corpo a corpo da Telma com os eleitores", afirmou ontem Francisco Campos, secretário estadual de Comunicação do PT.
Mansur
O provável adversário da petista, o deputado federal Beto Mansur (PPB, 28% de intenções de voto), afirmou ontem que o segundo turno está consolidado na cidade.
Ele aposta no isolamento de Telma de Souza, que rejeita até mesmo o apoio do prefeito David Capistrano Filho (PT), com quem se encontra rompida.
Mansur avalia que será capaz de atrair para sua candidatura os apoios de Oswaldo Justo (PMDB, 12%), um visceral antipetista, e de Edmur Mesquita (PSDB, 10%).
Embora tenha se transformado na principal liderança malufista em Santos, Mansur diz acreditar que terá o apoio do PSDB.
Para ele, a disposição do prefeito Paulo Maluf de se candidatar à Presidência não será obstáculo para que o PSDB o apóie. "Isso não quer dizer que eles não caminhem com gente, porque a gente vota com o governo no Congresso". Os tucanos deverão ser cortejados também pelo PT num eventual segundo turno.

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