São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996 |
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MP dos carros está na 15ª versão
ARTHUR PEREIRA FILHO
Atualmente a MP está na 15ª versão. As quatro grandes montadoras de automóveis do país -Volks, Fiat, GM e Ford- já assinaram acordos com o governo até 99 com base nas novas regras. Apesar dos protestos do governo dos EUA, duas das três maiores montadoras norte-americanas -GM e Ford- aprovam a medida e participaram da elaboração. A MP determina que as montadoras instaladas no país devem compensar suas importações de veículos, peças e equipamentos, com igual volume de exportações. Quem aceita a regra do equilíbrio da balança pode importar com imposto reduzido: 50% de desconto na importação de carros prontos e de até 90% na importação de peças e equipamentos. Quem não adere à política automotiva -basicamente empresas que não têm produtos para exportar- pode importar livremente, mas sem desconto no Imposto de Importação. Esse tratamento diferenciado provocou queixas de Japão, Coréia, União Européia contra a política brasileira na OMC (Organização Mundial do Comércio). Para evitar um protesto formal e a possibilidade de retaliações comerciais, o Brasil propôs um acordo: criou cota de 50 mil veículos para marcas sem fábricas no país. Durante 12 meses, esses fabricantes poderão importar juntos até 50 mil carros, pagando a alíquota com desconto de 50%. Atualmente o Brasil está em discussões bilaterais com Coréia, Japão e União Européia. Celso Lafer, embaixador brasileiro na OMC, estava otimista 15 dias atrás. Dizia acreditar em acordo este mês. Texto Anterior: Itamaraty vê 'jogo de cena' Próximo Texto: "Day after"; De olho na inflação; Globalização a jato; Nova estratégia; Dinheiro de plástico; Qualidade no cimento; Alvo infantil; A doença e a cura; Vale um boné; Impulso no crédito; Ganho na quantidade; Disque-greve; Sem exército; Via indireta; Acordo confirmado; Dúvida atroz Índice |
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