São Paulo, quarta-feira, 2 de outubro de 1996
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Paz Agora e direita fazem manifestações

IGOR GIELOW
DO ENVIADO ESPECIAL

A "guerra" entre os que apóiam e os que não apóiam a paz de Israel com os palestinos esquentou ontem com novas manifestações.
Em Tel Aviv, o grupo Paz Agora promoveu um comício em que pretendia reunir 50 mil pessoas na noite de ontem, mas não havia estimativas disponíveis sobre o número de pessoas que participaram.
O grupo já havia promovido uma manifestação com um público semelhante (cerca de 50 mil pessoas) em Tel Aviv no último sábado à noite, além de uma passeata em Jerusalém no domingo.
Religiosos
Em Hebron (Cisjordânia) e Jerusalém, houve manifestações de partidos religiosos, que aproveitaram as comemorações judaicas do Succot anteontem à noite para fazer comícios e passeatas.
Ao todo, cerca de 5.000 pessoas participaram dos eventos.
Mas já existem sinais da piora da popularidade do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
Ontem, o jornal "Maariv" publicou pesquisa, feita após os tumultos da semana passada e só com judeus israelenses.
Desaprovação
Segundo o levantamento, 57% dos ouvidos desaprovam o governo -contra 43% que o aprovam.
A abertura do túnel perto de locais sagrados muçulmanos em Jerusalém, o estopim dos conflitos ocorridos na semana passada, foi condenada por 54%.
Mostraram-se ainda a favor da paz com os palestinos 80% dos israelenses entrevistados.
Nos jornais de Israel, continua a "guerra dos anúncios".
Ontem, o Paz Agora publicou uma convocação para seu comício em Tel Aviv e condenou o premiê pela onda de violência.
Já as seis associações que tinham publicado anúncio pedindo o desarmamento dos policiais palestinos anteontem voltaram a carga contra os políticos trabalhistas.
Escolheram o ex-premiê Shimon Peres: "Você não está envergonhado? Você deu armas a eles, armas que mataram nossas crianças. Você consegue dormir à noite?", perguntava o texto.
Era uma referência aos acordos assinados enquanto Peres era chanceler, que armaram os policiais palestinos.
(IG)

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