São Paulo, quinta-feira, 3 de outubro de 1996
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Skank traz "O Samba Poconé" a SP

MARISA ADÁN GIL
DA REPORTAGEM LOCAL

Estréia amanhã em São Paulo a turnê de lançamento de "O Samba Poconé", o disco de maior sucesso do Skank. Puxado pelo hit "Garota Nacional", o CD já vendeu 900 mil cópias.
Em entrevista coletiva concedida na manhã de ontem no Olympia, a banda mineira -Samuel (vocais, guitarra), Lelo (baixo), Henrique (teclados) e Haroldo (bateria)- disse que vai tocar quase todas as canções do disco novo.
O show pode ter participação especial de Nando Reis, dos Titãs -que compôs com Samuel a faixa "Uma Partida de Futebol".
Há quatro meses, "Garota Nacional" é uma das música mais executadas em rádio. "Pode haver um desgaste", admitiu Samuel.
"Mas não temos controle nenhum sobre rádio. Já mandamos um outro single para eles."
O single é "Tão Seu", uma volta ao clima romântico de "Te Ver", do disco anterior, "Calango".
Apesar da diversidade do último disco, o Skank afirma que continua sendo uma banda de reggae.
"Ainda é a maior referência", disse Samuel. "Só que 'O Samba Poconé' é um disco cheio de extremos."
Samuel Rosa tem uma participação especial em "Minas com Bahia", faixa de "Feijão com Arroz", novo disco de Daniela Mercury. A canção é de Chico Amaral, principal compositor do Skank.
"Não pretendemos mais dar músicas para outras pessoas", disse Samuel. "Não temos músicas sobrando. 'Minas' era a cara da Daniela, mas quem sabe podíamos gravar daqui a um tempo."
Justiça
Na coletiva, a banda revelou ter entrado na Justiça contra Ajax Jorge da Silva, o poeta baiano que afirma ser o verdadeiro autor de alguns sucessos do grupo -entre eles, "Garota Nacional".
Segundo Samuel, não há nenhum indício de que Ajax esteja movendo algum tipo de processo contra a banda.
"Até agora, só soubemos da história pela imprensa", disse Henrique. "Não fomos intimados."
Para Samuel, o pior já passou. "Ficamos abalados no começo, achamos ofensivo", disse.
Em setembro, Ajax perdeu o processo que movia contra a Bamda Mel. "Com isso, tudo ficou muito claro", diz Samuel.
"Se ele não era autor daquelas músicas, isso prova que é um estelionatário."
No momento, o Skank negocia um contrato com a produtora francesa Catorze Produções -a responsável pelo fenômeno Carrapicho naquele país.
"A idéia é que seja um trabalho a longo prazo, e não apenas um fenômeno do verão", diz Henrique. "Mas, se for, tudo bem", completou Samuel.
(MAd)

Show: "O Samba Poconé"
Com: Skank
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, Lapa, tels. 864-7333 e 252-6255)
Quando: sex e sáb, 22h30; dom, 20h
Quanto: R$ 25 a R$ 45

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